Mexo

Mexo
:::em tudo (foto: Rafael Bertelli)

segunda-feira, março 09, 2009

Layla

Ei, Layla, venha, acorde.
Venha que te vou mostrar um lugar de duendes.
Acorde. Acorde que lua dormiu, podemos sair.
Vamos correr por aí na surdez da noite, furar seu pano de fundo como se o negro não devorasse as cores, como se abrisse espaço para elas em madrugadas de travessuras!

Vamos, só nós duas, rolar na grama do jardim que está úmida de orvalho mas não há de dar gripe.
Vamos, Layla, acorde, senão perdemos os duendes que quando raia o Sol, somem pra dentro das plantas.
Acorde a ver os vagalumes que ali vão...

Tu perdes todo o espetáculo a dormires aferrado.
E se te conto de manhã, ries de mim.
E se digo que vim buscar-te, não me acreditas.
Melhor então deixar que sonhes.
Assim tens tu de me contar.

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