Eu que nunca tive nada
Ousadia, caixa d’água, pé no chão
Andando por aí
Olhando tudo
Com olhar desnudo
Percebendo fundo
A casa que mora
Em cada peito
Dessa gente
Que corre aqui fora
Num tempo
Inventado de hora
Tão longe de si
Tão perto do todo
De tudo
Da casca
Tão fora da casa
De dentro de si
Tão fora da casinha
A conhecer bem mais
Do que não vai lembrar
Bem mais tarde
Não põe alarme na entrada
Não digita senha
Não mura o quintal
Nem grades, nem trincos
Não tem medo de invasão
Perdeu a chave
Não tem migalha no chão
Não sabe o caminho
De volta pra casa
Segue reto
Essa gente em procissão
E eu que nunca tive nada
Só uma estrada sinuosa
Que ainda vai me levar pra casa
A casa que tem em mim
sexta-feira, setembro 25, 2009
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2 comentários:
putz!
sem comentários
É o meu favorito.
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