As cores, as cores, as cores de dentro
As coisas, as coisas, as coisas que invento
Dentro da cabeça de um viajante bêbado
Dragões, guerreiros alados
Armados de arco e flechas
Cupidos combatentes dos amores irreais
Viagens subaquáticas por cantos diversos
De desertos asiáticos
Visões do mago astuto, homem magro
Seu cajado e o charuto em punho
Barbas amarelas, multicoloridas mechas
Do cabelo em tranças
Cigana pendurada de moedas e
Lenços de seda, os cabelos pelas costas
E mil cães ao alado. Cães alados.
Chora cintilantes gotas que enfeitam
Pedras pomes d’onde brotam luzes
Fendas iluminadas
Numa festa balinesa
Onde dançam polca
Mistura de continentes eco estáticos,
Hiperbólicos, atômicos
Em forma de sapato, meia
Bota, coelho, urso
Cogumelos
Tudo em nuvem num céu
Muito perto do meu corpo
Deitado na varanda em dia quente
Que me faz querer voar.
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