Foi depois daquilo - logo depois - que tudo ficou muito claro, compreensível como se se apresentasse em desenho ou como se eu tivesse engolido a cartilha daquilo em cápsula.
E então tudo foi ficando pequeno ao passo que o que era o todo, aumentava de tamanho diante da minha percepção privilegiada. E tudo com o que me preocupava foi ficando mínimo, e tudo pelo que me interessava foi mudando de forma e me fazendo mudar de idéia e mudar de novo e de novo... O que me fazia rir, chorar e rir e chorar ao mesmo tempo.
Correndo de um lado para o outro para não perder nada daquilo que deixava de ser aquilo pra ser nada, que deixava de ser nada pra ser exatamente aquilo e nada de novo.
Eu gritava, tentava avisar às pessoas, fazê-las ver, mas não podia... Elas não ouviam, elas falavam e falavam coisas cheias de sentido só para quem? Mas compartilhavam ou fingiam que compartilhavam como se o que dissessem interessasse aos outros, como se interessasse a si mesmos.
E eu achava graça e ria. Achava triste e chorava, achava triste e ria, achava graça e chorava.
quinta-feira, maio 14, 2009
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