Eu vou escrever umas linhas de amor, deixar vazar essa vontade de "Querido Diário", porque mais que isso não é, vício de mulherzinha, humanota que vive falando de amor. Talvez seja falta de cultura. Mas quero acreditar que seja só falta de amor mesmo.
Não tenho. Tenho? Amo? Que é isso, essa vontade de dizer "Te amo", mas sendo só vontade, só meio que pra se sentir vivo, sabe?
Como se eu, mulherzinha sem cultura, fosse capaz de compreender o sentido da vida, o desvendar... o amor. Logo eu, que quero estar viva nem sei porquê; que o não saber me faz querer, talvez... mas o amor... amar... Daí eu penso em todos eles. Nos homens, na mulher - uma só - que amei. E vejo seus rostos e me emociono com as coisas que seus olhos me disseram... e não há último ou primeiro. Não ter nenhum deles, exclui qualquer necessidade de classificação. Os amo a todos ainda e sempre, os que realmente amei.
O Último, e esse posso dizer que foi o último. O Último foi uma invenção, uma questão de vida ou tédio. E foi bonito também, quase real, mas quase. Quase porque eu prefiro acreditar que sou muito criativa e não que estraguei tudo. Não! Olha eu de novo. Eu sou criativa. Eu invento paixões e romances com a facilidade de uma pessoa... carente.
Talvez eu estivesse certa sobre o sentido da vida. Talvez seja mesmo o amor, amar. E quem sabe inventar não seja tão mal assim; quem sabe se criando, o quase um dia se torne uma boa surpresa romântica, como se a figura de um daqueles livros finalmente pulasse do papel pra brincar no meu mundo...